Terroristas, claro!
“Ignorância é força”, assim um dia escreveu George Orwell. E realmente, acho que ele tinha razão. Lendo as manchetes de hoje ainda mais. Pra começar, terrorismo é um termo que ainda não conseguiu ser bem definido. Nem a ONU e todos os países, políticos, especialistas e intelectuais que fazem parte dela conseguiram, em 60 anos, entrar em um consenso sobre o tema. É certo que isso envolve delicadas linhas subjetivas, diplomáticas e interesses políticos complicados demais para que qualquer um tome uma decisão sobre o tema. Afinal, o que é exatamente “um ato terrorista”? Oficialmente não se sabe.
Portanto, é claro, é obvio que a resposta surgiu aqui no Brasil, país do futuro.Cultos e modernos como somos, os senadores de nosso querido país tiveram a capacidade de entrar em um consenso e definir o que é isso. Incrível, não? Pois só assim é que se poderiam classificar as ações de um grupo ou movimento como “atos terroristas” em um documento oficial. Acho que o Kofi Annan deveria andar mais por aqui, pedindo conselhos aos senadores brasileiros. Ontem perdeu uma ótima oportunidade.
Os atos violentos cometidos pelo Movimento dos Sem Terra (MST) podem ser considerados hediondos, terríveis, como quiserem. Não tiro a razão de quem quiser dizer isso, ameaçar os proprietários de terra (ou qualquer pessoa), fisicamente, as suas famílias e funcionários. Sim, essa é uma situação inegavelmente terrível e violenta. Entretanto, bem fez a senadora que rasgou o relatório afirmando que ele negava a morte de mais de 1500 trabalhadores rurais durante os últimos anos. Assim como ele finge que nunca existiu violência por parte dos ruralistas e grandes produtores de terra. Aliás, pequenos produtores nunca foram ameaçados violentamente por latifundiários, que isso... é tudo lenda, “invencionisse” desse povinho do interior. Me desculpem, mas se um lado for considerado terrorista nesta história o outro também tem que ser.
E este relatório não fez só isso, primeiro por ser um relatório paralelo ele desautorizou todo um trabalho de meses feito pelo relator oficial. Ou seja, abre-se o precedente, agora quando a CPI não for para o lado que pretendem os deputados faz-se outro relatório e esse será aprovado de última hora, como foi ontem. E assim ficou comprovada a nossa maturidade política tão evocada quando foi realizada a passagem de governo de direita para a esquerda.
Percebeu-se que os trabalhos dessa CPI foram conduzidos com total isenção e independência. Depois desse ano realmente não sei o que pensar sobre a política no Brasil, será que ela existe? Só sei que enquanto o Senado e a Câmara funcionarem na base do lobby e do dinheiro, nenhum governo (seja de direita ou de esquerda) vai dar certo. Mesmo que se continue votando em senadores tão especialistas em termos de política internacional.
Portanto, é claro, é obvio que a resposta surgiu aqui no Brasil, país do futuro.Cultos e modernos como somos, os senadores de nosso querido país tiveram a capacidade de entrar em um consenso e definir o que é isso. Incrível, não? Pois só assim é que se poderiam classificar as ações de um grupo ou movimento como “atos terroristas” em um documento oficial. Acho que o Kofi Annan deveria andar mais por aqui, pedindo conselhos aos senadores brasileiros. Ontem perdeu uma ótima oportunidade.
Os atos violentos cometidos pelo Movimento dos Sem Terra (MST) podem ser considerados hediondos, terríveis, como quiserem. Não tiro a razão de quem quiser dizer isso, ameaçar os proprietários de terra (ou qualquer pessoa), fisicamente, as suas famílias e funcionários. Sim, essa é uma situação inegavelmente terrível e violenta. Entretanto, bem fez a senadora que rasgou o relatório afirmando que ele negava a morte de mais de 1500 trabalhadores rurais durante os últimos anos. Assim como ele finge que nunca existiu violência por parte dos ruralistas e grandes produtores de terra. Aliás, pequenos produtores nunca foram ameaçados violentamente por latifundiários, que isso... é tudo lenda, “invencionisse” desse povinho do interior. Me desculpem, mas se um lado for considerado terrorista nesta história o outro também tem que ser.
E este relatório não fez só isso, primeiro por ser um relatório paralelo ele desautorizou todo um trabalho de meses feito pelo relator oficial. Ou seja, abre-se o precedente, agora quando a CPI não for para o lado que pretendem os deputados faz-se outro relatório e esse será aprovado de última hora, como foi ontem. E assim ficou comprovada a nossa maturidade política tão evocada quando foi realizada a passagem de governo de direita para a esquerda.
Percebeu-se que os trabalhos dessa CPI foram conduzidos com total isenção e independência. Depois desse ano realmente não sei o que pensar sobre a política no Brasil, será que ela existe? Só sei que enquanto o Senado e a Câmara funcionarem na base do lobby e do dinheiro, nenhum governo (seja de direita ou de esquerda) vai dar certo. Mesmo que se continue votando em senadores tão especialistas em termos de política internacional.
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